KEN WILBER

Pathways (P): Por que o Espírito se preocupa em manifestar-se, especialmente quando essa manifestação é necessariamente dolorosa e requer que Ele se esqueça da Sua verdadeira identidade? Por que Deus encarna?
Ken Wilber (KW): Oh! Vejo que você está começando pelas perguntas fáceis. Bem, vou dar-lhe umas poucas respostas teóricas que têm sido oferecidas ao longo dos anos e depois relatarei minha experiência pessoal, tal como é.
Na verdade, fiz esta mesma pergunta a alguns mestres espirituais e um deles deu-me uma resposta rápida e clássica: “Jantar sozinho não tem graça.”
A princípio, esta resposta parece ser um pouco impertinente ou leviana, mas, à medida que se pensa sobre ela, cada vez mais começa a fazer sentido. O que aconteceria se, só por diversão, fizéssemos de conta – blasfematoriamente, você e eu fingíssemos por um momento – que somos Espírito, aquele Tat Tvam Asi [1]? Se você é Deus Todo-Poderoso, por que criaria um mundo? Um mundo que, como você bem salientou, é necessariamente de separação, desordem e dor. Por que você, que é Um, daria origem ao Muito?
P: Jantar sozinho não tem graça?
KW: Não começa a fazer sentido? Aqui está você, o Um e o Único, o Solitário e o Infinito. O que você vai fazer a seguir? Você se banha em sua própria glória por toda a eternidade, regozija-se com seu próprio encanto por eras e eras, e, depois, o que mais? Cedo ou tarde, você pode decidir que seria divertido – só divertido – fingir que você não é você. O que quero dizer é: o que mais você vai fazer? O que mais você pode fazer?
Ken Wilber (KW): Oh! Vejo que você está começando pelas perguntas fáceis. Bem, vou dar-lhe umas poucas respostas teóricas que têm sido oferecidas ao longo dos anos e depois relatarei minha experiência pessoal, tal como é.
Na verdade, fiz esta mesma pergunta a alguns mestres espirituais e um deles deu-me uma resposta rápida e clássica: “Jantar sozinho não tem graça.”
A princípio, esta resposta parece ser um pouco impertinente ou leviana, mas, à medida que se pensa sobre ela, cada vez mais começa a fazer sentido. O que aconteceria se, só por diversão, fizéssemos de conta – blasfematoriamente, você e eu fingíssemos por um momento – que somos Espírito, aquele Tat Tvam Asi [1]? Se você é Deus Todo-Poderoso, por que criaria um mundo? Um mundo que, como você bem salientou, é necessariamente de separação, desordem e dor. Por que você, que é Um, daria origem ao Muito?
P: Jantar sozinho não tem graça?
KW: Não começa a fazer sentido? Aqui está você, o Um e o Único, o Solitário e o Infinito. O que você vai fazer a seguir? Você se banha em sua própria glória por toda a eternidade, regozija-se com seu próprio encanto por eras e eras, e, depois, o que mais? Cedo ou tarde, você pode decidir que seria divertido – só divertido – fingir que você não é você. O que quero dizer é: o que mais você vai fazer? O que mais você pode fazer?
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