terça-feira, 25 de outubro de 2011

CÉU E A TERRA



A palavra não dualidade aponta para uma separação ilusória que sentimos da vida, como se nós e a vida fossem realmente dois processos separados que acontecem. Eu - o sujeito que vive a vida do corpo e a vida dos sentidos -, e a vida - que é meu objeto de experiência. Mas será que a vida existe independente de mim? Qual a relação do mundo externo com o mundo interno? E se eles não forem "dois"? E se o externo e o externo fosse apenas um tipo de ilusão de ótica da mente? E se em realidade somos essa consciência que está na mente e no corpo, mas não é a mente e o corpo. Essa consciência é o ponto. A consciência quando vive um organismo corpo/mente, se despreende em dois processos opostos e complementares, o externo e o interno - isto chamamos mente. Chamamos de mente a divisão que o organismo corpomente faz em isto e aquilo, esquerda e direita, perfeição, imperfeição, nesses opostos sem fim. A consciência como se fosse um prisma de luz branca, se divide em cores do outro lado. As cores são a vida. A separação só existe a partir do prisma, a partir da variedade, a partir da mente. A grande arte é a harmonia entre o céu e a terra. Esta é a grande arte. E quando houver harmonia, não serão mais falados nem em céu e terra, mas a paz, no entanto, poderá ser sentida.


Naseeb






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