quinta-feira, 8 de abril de 2010

CALE A BOCA INTERNA


Lá pela década de setenta, as pessoas se encantaram pelo Zen. O mundo ocidental estava conhecendo a filosofia oriental de vida e tudo que era livro lançado trazia a marca "Zen". O Zen das motoclicletas, o Zen das Flores, o Zen do trabalho, o Zen da dança, enfim.
Agora chegou o movimento "não-dual".
Entao, tudo que é Adváitico está em moda. Muitos não tem a mínima noção do que estão dizendo, mas ao mencionar a palavra Advaita, um brilho já se produz aos olhos.
Tudo uma bobagem.
Tudo aquilo que se fala de dual e não-dual são apenas estratagemas.
Não há nenhuma verdade sendo dita em nome disso.
A mente adora novos encantamentos. Por isso, durante alguns anos ela gosta de tomar novas doses de outros remédios, até cair outra vez na mesmice.
A sua paz interior não é medida pela mente.
Independente do método que usares, dual ou não-dual, esteja apenas presente.
Cada professor adora vender o seu próprio peixe.
Mas olhe para o peixe que ele está vendendo: é feito de nada.
Mestre Eckhart, disse: "Olhe, tudo é feito de nada".
Realmente, nada se sustenta sem a presença da alma do mundo.
Um corpo não está separado.
O "ver separado" é a morte do ver.
Apenas fique em silêncio.
É o suficiente.
Silêncio não é dual ou não-dual.
Quando há silêncio, não há mais você para rotular disso ou daquilo.
No silêncio, você calou a boca interna.

Naseeb

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