ACORDAR E ILUMINAR (Diferenças)


Há uma diferença entre o florescimento, Acordar (auto-realização) , e a iluminação.
O florescimento é apenas o começo da entrada em si mesmo - exatamente como quando você entra num jardim. É imensamente importante, porque, sem entrar, você nunca alcançará o centro. Mas, no florescimento, pela primeira vez você reconhece seu potencial, sua possibilidade. No florescimento, está o período de transição, do humano para o divino. Mas a pessoa pode cair de volta, porque o florescimento é tão novo e tão frágil e seu passado é tão velho e tão forte... - ele pode puxá-lo de volta: ele ainda existe.
Com o acordar você já está chegando muito perto do seu centro. E, à medida que você vai chegando mais perto do centro, vai se tornando cada vez mais difícil cair de volta, porque sua nova experiência está acumulando poder, força, experiência, e o velho está perdendo força. Mas o velho ainda existe: ele ainda não desapareceu. Comumente, as pessoas não caem do acordar, mas a possibilidade permanece: pode-se cair.
A auto-realização (Acordar) é a chegada no seu centro. Muitas religiões acreditavam que a auto-realização era o fim. Por exemplo, o jainismo - você chegou teria chegado à sua suprema verdade. Isso não é verdade. A auto-realização é uma gota que se tornou consciente, alerta, satisfeita, preenchida. É quase impossível recair da auto-realização - mas eu estou dizendo "quase" impossível, não "absolutamente" impossível, porque o si-mesmo (self) pode enganá-lo: ele pode trazer seu ego de volta. O si-mesmo e o ego são muito parecidos. O si-mesmo é a coisa natural e o ego é o sintético; assim, acontece, às vezes, de um homem auto-realizado tornar-se um egoísta respeitoso. Seu egoísmo não vai ferir ninguém, mas certamente impede-o de cair no oceano e desaparecer completamente.
A iluminação é gota de orvalho deslizando da folha do lótus para dentro do vasto e infinito oceano. Uma vez que a gota de orvalho tenha caído no oceano, agora então, não há nenhum meio sequer de encontrá-la. A questão de retornar não existe. A iluminação, desse modo, é a suprema verdade.
O grande sábio parecerá a vocês uma pessoa comum, ninguém especial: sem nenhuma pretensão de qualquer talento, de qualquer posse, de qualquer poder, de qualquer genialidade, de qualquer conhecimento - nenhuma pretensão absolutamente. Ele se tornou absolutamente um zero. Mas o zero não é negativo, ele é cheio da divindade, de transbordamento da divindade.



Osho

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