ABSOLUTAMENTE ÓBVIO
A realização do absolutamente
óbvio não é uma busca por iluminação espiritual ou êxtase místico, nem uma
idéia mágica de felicidade permanente. É o percebimento da vida com a clareza
do coração aqui agora. Este é o convite de muitos mestres de grandes tradições
espirituais como os ensinamentos nãoduais transmitidos pelo Advaita Vedanta, e
no Budismo no Prajnaparamita (Perfeita Sabedoria), no Zen, no Cainho do Meio
(Madhyamaka) e no completo preenchimento (Dzogchen) .
O primeiro insight é perceber que o tempo sempre adia a felicidade para amanhã. O que implica que nossa felicidade está sempre no futuro, e
que sendo assim, estamos sempre buscando “essa
tal de felicidade”. Toda busca por felicidade exterior pressupõe tempo, e o
tempo nos lança ao futuro. Se a vida se manifesta no eterno Agora, se o amor pode
ser visto como o fruto do relaxamento neste momento presente, como precisar de
tempo para uma sintonia com este amor que já está aqui?
O que realmente parece deslocar a nossa conexão com este
momento é justamente o adiamento, o futuro, a promessa, a imaginação de que
algo precisa acontecer para que possamos
estar em paz e preenchidos. São imposições mentais muito sutis, que impedem a
realização do absolutamente óbvio. Há
uma crença social muito forte que nos vende a promessa de felicidade no amanhã
- ou quem sabe na próxima aquisição material.
Sambodh Naseeb
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