O AUTOR DOS PENSAMENTOS
Paz acontece
quando não há mais ninguém querendo que este momento seja diferente do que já
é. A mente que está querendo achar respostas, as encontrará. Mas sempre respostas
limitadas a um contexto específico. Padrões, esquemas, sistemas, teorias. Mudando
o contexto, mudarão as respostas. E novamente a busca recomeça.
O coração
consciente não tem respostas. Nem perguntas. Entregou-se ao que é. Amor é a
dissolução do buscador. Meditação é o descobrimento que você não é. E que tudo
que é vai num fluxo natural aparecendo para você neste momento. Descubra o que
você não é. E fica claro o que é você.
É nesse ponto que
fazer absolutamente nada começa a
fazer sentido e pode criar uma intensa revolução. Fazer nada parece sem
significado para qualquer pessoa, principalmente ao ocidental, que foi treinado
a estar sempre ativo para ganhar dinheiro. E a mais notória razão disso é que o
ego sobrevive pelo prazer de ser o autor de tudo, o prazer de fazer e se
exibir, o grande agente orgulhoso, e fazedor de todas as ações. Quando tudo dá
certo, o ego se orgulha. Quando tudo dá errado, sente-se culpado.
O ego (a crença
de que sou o autor dos meus pensamentos) tem compulsão pelo fazer e pelo ter,
devido a sua incapacidade de saborear o momento presente, a preciosidade da
vida neste agora. É assim que ele tenta ser alguma coisa. É assim que tenta
existir e ser reconhecido. Para sobreviver, o ego se entrega à compulsão por
atividades. Pois o ego não é uma coisa, como um objeto. O ego é mais como um
processo contínuo de identificação, uma crença de que somos sozinhos e
apartados uns dos outros, de que para nos sentirmos plenos e completos,
precisamos de ajuda externa, satisfazendo algum desejo que a mente ordena.
Sambodh Naseeb
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