domingo, 12 de abril de 2015

UNIDADE E DIVERSIDADE



O ponto de referência eu-ego existe quando a atenção consciente está identificada com um pensamento. Quando a atenção-consciente está aberta, nunca podemos dizer "Eu experienciei aquela música", mas sim, que há um "experienciar" da música, ouvida por ninguém. Menciono ninguém, porque quando a consciência está no agora, não há ponto de referência alguém-eu-ego mais, não há mais o passado experienciando o agora, não há mais uma mente vivendo o que está acontecendo, não há mais separação entre eu e a experiência, porque não há mais este eu-ego-pensamento separador. Meditação é esta experiência sem um eu, sem um alguém, totalmente presente, agora, onde apenas inteligência-consciência e os sentidos (corpo) criam a experiência nova, inédita, da vida. O ponto de referência eu-ego está sempre manchando a experiência com pontos de vista que só podem advir do passado, pois a natureza do passado é conhecimento, memória. Aqui-Agora não há isso. O Amor é este ineditismo presente no Agora. O Amor é o derretimento do buscador, do alguém, do eu, do ego, do cobrador, do julgador, daquele que tem expectativas, daquele que ansia, que sofre, que imagina, que se preocupa. O Amor é a experiência da não-dualidade. A experiência da não-separação. O Amor é a experiência da comunhão, união, relaxamento consciente e beleza. O Amor e a Meditação são sinônimos. O Amor e a verdadeira felicidade andam juntos. E a expressão do Amor no mundo chama-se compaixão: a experiência de que o outro está em unidade comigo, e ao mesmo tempo vivencia uma diversidade original e singular. Esta expressão da consciência como unidade e diversidade é o maior mistério já vivido por todos aqueles que foram para dentro de si. Cada ser é único, e ao mesmo tempo traz em si a consciência universal que o irmana com tudo que vê.

Sambodh Naseeb

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